quinta-feira, 24 de março de 2011

Tum Tum, Pulsando Pulsando....

Ouço e analiso tudo a meu redor, inclusos no ritmo incessante do pulsar em minha mente: Tum Tum, Tum Tum, Tum Tum… Invade-me o impenetrável, me fecho aos olhos dos outros e faço de mim mistério, apreensão a sua vista. O barulho persevera: Tum Tum, Tum Tum, Tum Tum… Um tipo de infra-som que viaja todo meu corpo, pulsando pulsando pulsando. Vital a mim, não o reprimo. Deixarei pulsar, arrebatar o meu penar.

domingo, 27 de junho de 2010

Facas e Lobos.

E eu senti mais uma vez. O sentir que me privei a degustação por amor. Extasiou-me assistir a incompreensão dos olhos tentar me decifrar, o domínio se extravasar em espasmos por meus membros e o imaginário cessar por uns minutos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ah, quem dera pudera eu, só mais um entre os que ousam, arrancar a nuas garras toda melancolia que faz do teu olhar abismo. Teus olhos quando tristes maltratam-me a alma, encharcam os meus.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Aconchego Interior.

A inspirarão nunca é suprimida, as experiências não terminarão e os pensamentos jamais se esvaíram. O que falta mesmo é vontade de desenvolvê-los do lado de fora.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Satisfação.

Essa noite, tudo em mim reflete satisfação por estar com você. A cada carícia que trocamos, em todos os olhares, meus olhares que dedico só a você. A cada toque, sutil arrastar dos dedos pela pele macia. No nosso cheiro, embriagado pelo calor expelido por nossos corpos. Acompanhando ritmos, nossas auras mesclam-se e outrora se combatem, energia que não se é capaz de conter. Tal que embaira-nos, levando ao êxtase do desejo prazer paixão. Meus lábios trepidam ao tentar conter palavras. Não quero dizê-las, meu corpo já as demonstra com demasiada intensidade.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A pedra.

Foi-se embora sua inspiração, por sutil escapada entre os dedos. Desde então, fez-se pedra, inquebrável por não ser capaz de sentir, inabalável, inflexível. Por confiar demais em sua força, inquietou-se, e saiu a destruir outras. Sempre pagou caro por seus vícios. Ao quebrar outras pedras, enfraquecia seu interior e lascava suas extremidades, ficando cada vez menor e frágil. Fustigadas muito intensas, deixavam marcas. Essas se abriam em rachaduras que a desvairavam em dor. Houveram desafios demais, até que um a decompôs a pequenos pedaços de pedra, depois areia leve e fina. Ao se sedimentar, sentiu juntas todas as dores, e desejou não mais existir. Por piedade do destino, o vento levou seus restos. Fez-se chuva, brisa, frio e saiu a contemplar a chama, capaz de aquecê-la.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Minha alma aclamava por aquela que é fogo:

-Queima-me, pois já não sinto nada, eu nunca senti.

Agora sinto precisar fazer-te extinguir, afogar-te chama, no meu corpo que derrete ao seu toque. Encarar-te-ei o olhar e verás todos os meus delírios. Acariciar-te-ei o colo, e roubarei você pra mim.